PARIS - Dez anos após um Concorde da Air France cair, matando 113 pessoas e prenunciando o fim da elegante era do jato supersônico, um corte francesa começou a julgar os responsáveis pelo acidente. O processo em Pontoise, ao Norte de Paris, pode demorar até quatro meses, enquanto a corte debate a culpa pela tragédia, que ocorreu no dia 25 de julho de 2000. A aeronave caiu sobre um hotel minutos após decolar do aeroporto Charles de Gaulle.
A Continental Airlines e dois de seus empregados americanos estão entre os processados por homicídio culposo. Investigadores alegam que o acidente ocorreu devido a um pedaço de metal de 43 cm que teria se soltado do motor do Continental DC-10, que decolou minutos antes. Quando o Concorde estava decolando a 325 km/h, um dos pneus bateu no pedaço de metal. O pneu explodiu e um pedaço de borracha de 4,5 kg bateu com uma força de uma tonelada e a asa estalou. As asas do avião são feitas para resistir a um golpe de um objeto de 1 kg para 300 km/h (300 kg-força).
Como o supersônico estava muito rápido, os pilotos não puderem parar, preferindo decolar e tentar um pouso de emergência num aeroporto próximo. Mas, antes disso, eles perderam o controle do avião, que caiu sobre um hotel na cidade de Gonesse.
O grupo de advogados da Continental deve argumentar que o avião pegou fogo antes de chegar ao pedaço de metal e que a empresa americana serviu de bode expiatório.
Como o avião que derrubou essa peça na pista era da Continental, quem está sendo processada é a companhia americana e não a Air France. Além da própria Continental, os réus são: John Taylor, mecânico que teria ajustado a peça no DC-10; Stanley Ford, chefe de manutenção da Continental; Jacques Herubel, ex-engenheiro chefe da empresa americana; Henri Perrier, então chefe da divisão aeroespacial da companhia; e Claude Frantzen, ex-membro do órgão regulador da aviação civil francesa.
O Concorde, capaz de voar duas vezes acima da velocidade do som, trabalhava para a aviação civil. Depois do acidente, os Concordes da Air France e da British Airways permaneceram 15 meses em terra. E, depois de retomar seus voos por pouco tempo, deixaram de voar em 2003.
Publicada em 02/02/2010 às 09h01m
O GloboAgências internacionais
2 de fev. de 2010
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Aahhhh esses americanos !
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