7 de fev. de 2011

Jovens pilotos têm emprego garantido



‘‘É uma profissão maravilhosa, é gratificante ver os passageiros chegarem bem ao seu destino’’, conta Adriel de Lima
O setor da aviação enfrenta uma escassez de profissionais. Jovens pilotos, por sua vez, têm emprego garantido assim que cumprem as exigências técnicas e práticas para exercer a função. Outros mais antigos, com idade para se aposentar nem pensam em parar.

Adriel Henrique de Lima, 23 anos, sempre soube da responsabilidade dessa profissão e, mesmo assim, seguiu na busca da realização de seu sonho. Ele se formou aos 20 na faculdade de Ciências da Aeronaútica. Paralelamente fez todos os cursos exigidos para obter a licença de piloto. Investiu ao todo cerca de R$ 50 mil. Para ele, o dinheiro aplicado na formação valeu à pena, já que pilotos ainda novos na profissão têm salário inicial de R$ 8 mil.

Adriel já acumula certa experiência: durante dois anos foi copiloto e há oito meses exerce a função de comandante. Com 1.400 horas/voo, ele pilota um bi-motor particular de um empresário londrinense. ''Para ser piloto é preciso se dedicar. É uma profissão maravilhosa, é gratificante ver os passageiros chegarem bem ao seu destino'', conta ele.

O comandante Nelson Jensen, com 57 anos, dedicou 37 deles à aviação executiva. Filho de pai piloto, com tio e primo que também exercem a mesma profissão, ele não pensa em se aposentar. Primeiro porque a aposentadoria seria muito inferior ao que ganha todo mês, depois porque a paixão pelo céu fala mais alto. ''Enquanto a saúde permitir, vou trabalhar como piloto. Gosto muito do que faço e é uma profissão que me permite conhecer muitos lugares e culturas diferentes'', disse.

Com 11 mil horas/voo, Nelson trabalha há 17 anos para uma empresa de Arapongas. Ele pilota um jato Citation CJ2, de US$ 7 milhões. E com sua experiência, dá a dica para quem pensa em contratar um profissional dessa área: ''Analisar a experiência é muito importante. A saúde do piloto deve estar 100% e a aparência também conta nessa área''.

Para ser um piloto profissional, o interessado tem que ser muito dedicado. Primeiro é preciso obter a carteira de piloto privado, conhecida como brevê, uma licença para pilotar aviões como atividade de lazer. Para conseguir essa carteira é preciso frequentar um curso em uma escola de avião ou aeroclube e completar 40 horas de voo.

Depois, precisa obter a licença de piloto, com a qual é permitido trabalhar em companhias aéreas e na aviação executiva. Para tanto, são exigidas 150 horas de voo. Hoje a hora/voo custa cerca de R$ 260. Para se tornar um comandante de uma aeronave é preciso acumular 1.500 horas de voo e ainda passar por avaliação de conhecimento técnico e até exame médico. Embora não seja exigido para a formação do profissional, o curso de Ciências da Aeronáutica é um ponto positivo à favor do piloto. (E.S.)

3 comentários:

  1. parabens vc é o cara toma juiso

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Concordo plenamente que a profissão de piloto de aviação civil é muito gratificante envolvendo muita responsabilidade. Em Portugal as portas estão fechadas aos jovens pilotos que saem do curso com 150 horas de voo e como já pagaram 70.000 Euros para fazer o curso não resta mais dinheiro para investir, quer em mais horas de voo, quer em cursos de pilotagem de boeing. Qual a solução? Tenho um filho com 24 anos que acabou o curso há cerca de 2 anos e ainda nada conseguiu, sendo o maior sonho da vida dele. Concretizou, endividando-se juntamente com a família e agora só consegue pequenos trabalhos como comissário de bordo e trabalho precário. Que portas se podem abrir? Será que para se ser piloto não basta a dedicação, competência e amor? É preciso também ter a carteira recheada? Quem não tem mais dinheiro para se endividar mas seria um bom piloto fica pelo meio do caminho enquanto outros não tendo sido sequer bons alunos, nem gosto pelo curso mas têm dinheiro podem conseguir mais facilmente a carreira de piloto? Por que não ajudam os jovens pilotos?

      Excluir